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Risco financeiro com Franquias

Quando a franqueadora esconde o jogo (ou “doura a pílula”), o franqueado tende a errar a mão no cálculo do investimento e do retorno. E erro de base financeira, em franquia, costuma ser caro e difícil de reverter, ele pode perder tudo que investiu, e ainda sair endividado. Eis os pontos críticos:


TODOS OS EXEMPLOS AQUI SÃO BASEADOS EM HISTÓRIAS REAIS DE FRANQUEADOS!

1) CAPEX que não fecha a conta

Você entra acreditando num investimento inicial “X”, mas a realidade vira “X + Y”: obras além do previsto, equipamentos homologados com preço acima do mercado, taxas “extras” de inauguração e consultoria. O capital de giro, que deveria sustentar os primeiros meses, evapora no ajuste de obra. Resultado: caixa apertado logo no início.


2) OPEX subestimado

Custos mensais recorrentes (royalties, fundo de propaganda, compras obrigatórias de insumos, sistemas, auditorias) podem estar “maquiados” em médias irreais. Se a franqueadora não entrega dados consistentes de DRE de unidades em operação, você assume despesas fixas altas com receita que demora a chegar. Fluxo de caixa negativo = necessidade de novos aportes ou endividamento.


3) Projeções de receita sem lastro

Sem transparência, as “metas” viram promessa de retorno rápido. Só que ticket médio, tíquete promocional e ramp-up de vendas variam por praça, ponto, sazonalidade. Quando a franqueadora não mostra histórico verdadeiro (por região, por metragem, por mix), o payback planejado não acontece — e a operação entra em “corrida do hamster” para cobrir custo.


Se você não quer correr esses riscos, clique aqui e consulte um especialista em análise de riscos com franquias e rescisão de contratos.

4) Contratos acessórios que te amarram

Aluguel com luvas, fiador/aval pessoal, financiamento de equipamentos, gateways e fornecedores “exclusivos” com margens elevadas… Tudo isso é risco financeiro indireto. Se a franqueadora não explicita essas travas na fase pré-contratual, você descobre o peso depois — e sair custa caro (multas, perdas de garantias, sucateamento de equipamento específico).


5) Estoque e ativos com baixo valor de revenda

Modelos de negócio com produtos perecíveis ou equipamentos “de nicho” despencam de valor na revenda. Se a franqueadora não abre a real rotatividade de estoque e a liquidez dos ativos, um eventual fechamento significa perda seca (sunk cost).


6) Multas e cobranças automáticas

Cláusulas de desempenho, metas, compra mínima e “taxas surpresa” corroem a margem. Sem transparência, o franqueado só entende a dinâmica de cobrança quando já está no operacional — e, aí, cada atraso vira multa + juros + restrição de crédito.


7) Marketing que você paga, mas não converte

Se o fundo de propaganda e as campanhas não têm métricas claras por região/unidade, você banca o marketing, mas os leads chegam “frias” ou mal distribuídas. Vendas abaixo do previsto = ROI menor e pressão no caixa.


8) Risco jurídico com efeito financeiro

COF incompleta ou entregue fora do prazo legal aumenta a chance de litígio, mas não garante recuperação integral de tudo que você investiu (obras, ponto, equipamento). Litigar custa tempo e dinheiro — e, até decidir, a operação já pode ter comprometido seu patrimônio pessoal (especialmente se você deu garantias).


Referências legais úteis – Lei de Franquias (Lei 13.966/2019): a franqueadora deve entregar a COF com informações essenciais com 10 dias de antecedência à assinatura/ pagamento (arts. 3º e 4º). A COF precisa detalhar histórico da rede, balanços, obrigações de compra, taxas, investimentos, suporte, regras de território etc. Se faltam dados financeiros idôneos nessa fase, o risco financeiro e o investimento explode depois da assinatura do contrato.

Mini–simulação de impacto (bem pé no chão) para evitar Risco financeiro com Franquias


  • Plano da franqueadora: investimento R$ 350 mil + capital de giro R$ 60 mil, payback em 24 meses.

  • Realidade (sem transparência): obra + equipamentos sobem 20% (R$ 70 mil), capital de giro cai para R$ 30 mil, OPEX fica 15% acima do projetado (royalty + marketing + insumos).

  • Efeito: caixa negativo por mais 6–8 meses; necessidade de aporte extra (~R$ 120 mil) só para manter a loja viva. Se não aportar, você entra em atraso, toma multa, e o negócio perde valor de revenda. No fechamento, recupera-se pouco do que foi investido.


Red flags financeiras (acenda a luz vermelha se ouvir isso)


  • “Não podemos abrir DRE de unidades/FRANQUIA, é confidencial.”

  • “Esse investimento é padrão, fica nessa faixa em qualquer shopping.”

  • “Payback em 12 meses é comum” (sem planilha por praça/ponto).

  • “Fornecedor homologado é obrigatório” (sem benchmark de preços e prazos).

  • “Marketing é centralizado; depois vocês veem os resultados” (sem relatório de leads por unidade).


O que fazer antes de assinar (checklist de proteção do seu bolso)


  • COF completa e dentro do prazo legal (Lei 13.966/2019, arts. 3º e 4º).

  • DRE real de unidades ativas e desligadas (por metragem/região), com margem e ponto de equilíbrio.

  • Planilha de CAPEX detalhada (obra, equipamentos, taxas) + 3 cenários de OPEX (base/estressado/crítico).

  • Simulação de ramp-up por 12–18 meses com gatilhos de ação se a venda não atingir o planejado.

  • Contratos acessórios revisados (aluguel, financiamentos, fornecedores, garantias pessoais).

  • Liquidez de ativos (quanto vale revender se der ruim?).

  • Cláusulas de saída menos punitivas e, se possível, condições suspensivas ligadas à entrega de dados e suporte.


Transparência em Contratos de Franquia não é luxo, é requisito de sobrevivência financeira na franquia. Se a franqueadora trava dados ou pressiona para assinar “pra não perder a oportunidade”, o Risco financeiro com Franquias sobe de “alto” para “crítico”.
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