Os 5 Maiores Erros ao Investir em Franquia
- Raquel Brum Pinheiro

- 21 de out.
- 3 min de leitura
Comprar uma franquia parece, à primeira vista, o caminho mais seguro para empreender. Afinal, é um negócio “pronto”, com marca conhecida, suporte, manuais e promessas de sucesso, certo? Errado — ou, pelo menos, nem sempre.
Nos últimos anos, atendi dezenas de franqueados que entraram em redes acreditando que seria o início da liberdade financeira. Mas o sonho virou um pesadelo. E, quase sempre, por causa dos mesmos erros — que poderiam ter sido evitados antes da assinatura do contrato.
E os Maiores Erros ao Investir em Franquia são:
1. Acreditar apenas nas promessas da franqueadora
Esse é o clássico. Muitos franqueados compram o discurso de que “é só seguir o manual” e o negócio vai dar certo. Mas a Lei de Franquias (Lei nº 13.966/2019) é clara: a franqueadora precisa entregar informações verdadeiras e completas na COF (Circular de Oferta de Franquia).
Se a franqueadora promete faturamento ou lucro garantido, desconfie. Nenhum negócio é à prova de realidade.
Antes de assinar, peça a COF, leia com atenção e consulte um advogado especialista. A pressa é o maior inimigo da boa decisão - a maioria das COF não contém informações verdadeiras, pelo contrário, maquiam informações cruciais para você decidir sobre investir ou não em um negócio.
2. Não conversar com outros franqueados
A COF traz a lista de franqueados atuais e ex-franqueados. É um direito seu entrar em contato com eles e perguntar o que realmente funciona e o que não funciona na operação.
Muitos deixam de fazer isso e acabam descobrindo tarde demais que os franqueados antigos estão em litígio com a rede ou fecharam as portas. Essa pesquisa prática vale mais que qualquer apresentação comercial da franqueadora.
3. Achar que a franquia é um investimento passivo ou Que Pode Ser Uma Segunda Renda
Franquia não é renda passiva nem atividade do plano B, é negócio de verdade e vai sempre exigir mais dedicação, esforço, tempo e dinheiro do que a franquia promete. Você vai precisar trabalhar, entender a operação, gerenciar equipe, lidar com cliente e, às vezes, até cobrir falhas da franqueadora, sim! E muitas vezes.
Muitos investidores entram achando que vão “colocar alguém pra tocar” e só acompanhar resultados, ou que não precisa desenvolver nenhum conhecimento além daquele que a franquia promete fornecer. O resultado? Perdem o controle da unidade e o investimento escorre pelo ralo.
4. Ignorar o contrato e suas pegadinhas
O contrato de franquia é longo, cheio de cláusulas e, quase sempre, redigido em favor da franqueadora. Quem assina sem ler — ou sem entender — está literalmente entrando em um campo minado.
Cláusulas sobre território, taxas de marketing, royalties, rescisão, multas e uso da marca precisam ser analisadas com lupa. Muitas redes vendem mais unidades do que a própria região comporta, gerando conflito entre franqueados.
O contrato de franquia é o documento mais perigoso que um empreendedor pode assinar sem orientação jurídica.
5. Não ter reserva financeira para o início
A maioria das franqueadoras promete “retorno em seis meses”, mas na prática o negócio leva de 18 a 36 meses pra se estabilizar — isso se tudo der certo.
Sem capital de giro, o franqueado quebra antes de o negócio engrenar. Planejamento financeiro é tão importante quanto o ponto comercial. Tenha reserva para manter o negócio e suas despesas pessoais durante o período inicial.
E o primeiro passo para isso é conferir os reais custos para abri o negócio - SE PREPARE PARA O DOBRO DO INVESTIMENTO QUE A FRANQUIA INFORMA QUE VOCÊ PRECISA FAZER. É sério! Vai ser bem mais!
Conclusão - Maiores Erros ao Investir em Franquia
Investir em franquia pode ser uma excelente oportunidade — desde que o franqueado entre consciente e preparado .Não existe fórmula mágica nem retorno garantido. Existe gestão, contrato, risco e, principalmente, informação.
Se você está pensando em comprar uma franquia, não confie apenas no brilho da marca. Confie na análise técnica, jurídica e realista do negócio. Porque, no fim, quem paga a conta — e carrega o risco — é sempre o franqueado.
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